A relação em evolução: Bitcoin e bancos tradicionais no Brasil (2024)

Com o passar dos anos, bancos tradicionais no Brasil vêm cada vez mais oferecendo produtos relacionados a moedas digitais, cada vez mais numerosos e variados.

Não é novidade em produtos como o cassino BTC possibilidades de compras e pagamentos usando bitcoins. Com efeito, as criptomoedas vêm sendo usadas nos mais variados setores da economia. Atualmente, elas estão em expansão, sendo adotadas em redes de varejo, compras online e mesmo no comércio popular.

Contudo, um setor que muitas vezes vem sendo observado com certo distanciamento nesse campo é o dos bancos. Porém, eles têm mostrado inúmeras ações para avançarem no setor. E isso podemos ver na rede bancária do Brasil.

Fato é que crises no setor monetário dos países andam lado a lado, na América Latina, com períodos de crescimento de transações com criptomoedas. Quadros inflacionários graves ou de desvalorização de moedas acentuam o lugar das criptomoedas como ativos seguros para investir. O quadro do Brasil, mais estável que a maioria dos países da região, tem peculiaridades nesse sentido. Por isso, é cada vez mais observado um avanço dos bancos tradicionais neste mercado.

Tendência de bancos liderarem o setor de bitcoins

Para começar a falar do quadro brasileiro, se faz necessário fazer uma contextualização geral. Apesar de alguma mistificação, no sentido de que os ecossistemas de criptomoedas antagonizariam com os sistemas bancários tradicionais, especialistas mostram situação oposta.

Em maio de 2023, a consultoria Capco divulgou estudo intitulado “Desmistificando a Adoção e Implementação de Cripto e Ativos Digitais, e os Riscos para os Bancos”. O estudo mostra que os bancos analisam, considerando as demandas de seus clientes. Assim, consideram possibilidades de geração de receita, além de custos e riscos de adoção de criptomoedas. Assim, atualmente, bancos também se estabelecem como players no mercado dos ativos digitais.

De modo geral, alguns observam algumas dificuldades. As oscilações no mercado de criptomoedas, via de regra, demandam atenção dos bancos tradicionais. Porém, de modo geral, os bancos já estabelecidos há décadas ou séculos no sistema monetário internacional e dos vários países veem os criptoativos como parte de processos normais de mudança. Assim, constantemente avaliam suas possibilidades.

Itaú como pioneiro no Brasil

Recentemente, o Itaú Unibanco passou a permitir que clientes negociem criptomoedas em sua nova plataforma de investimentos. Sua nova plataforma de investimentos, a íon, irá permitir, inicialmente, negociações com Bitcoins (BTC) e Ethereum (ETH). A opção passou a ficar disponível a clientes do Itaú Unibanco no início de dezembro de 2023. Contudo, o processo de implementação já vinha de mais tempo.

Em junho do mesmo ano, o Itaú Unibanco passou a fazer parte da ABCRIPTO (Associação Brasileira da Criptoeconomia). Enfim, o banco, um dos maiores do país, entra de vez no mercado das criptomoedas. Além das negociações, o Itaú Unibanco também atuará de maneira similar a uma corretora. Isso porque o banco não se limitará a negociações, mas fará a custódia de ativos digitais.

De início, fica disponível para clientes a compra de criptomoedas a partir de R$10,00. O serviço será liberado de maneira gradual, a clientes, por meio do aplicativo do banco. A ideia é de que ao longo dos meses novas opções sejam liberadas.

Em termos de mercado, a entrada do Itaú Unibanco no mercado dos bitcoins é vista como possível virada no mercado. A partir de agora, segundo especialistas, é esperado que outras grandes e tradicionais instituições bancárias entrem nesse mercado. Mas outras menos já estão no mercado já faz algum tempo.

Fintechs começaram o processo

O Itaú Unibanco se torna, dessa maneira, pioneiro dentre os chamados bancos tradicionais. E é quase consenso entre especialistas e observadores do mercado que, em breve, outros o acompanhem. Contudo, a possibilidade de clientes comprarem ou negociarem bitcoins não é novidade para clientes do Nubank ou BTG Pactual, por exemplo. As chamadas fintechs foram as primeiras a unir produtos bancários mais tradicionais com ecossistemas de criptos no Brasil.

Segundo o Nubank, cerca de 13 milhões de clientes da fintech adquiriram a Nucoin, sua moeda digital. Assim, segundo dados da fintech, já se trata de uma das moedas mais populares do Brasil. O Nucoin foi anunciado no final de 2022, e no ano seguinte foi disponibilizado gradualmente para clientes.

Outras instituições atuam com criptomoedas. Recentemente, XP e PicPay declararam que não irão mais negociar com elas. Porém, outras como o MercadoPago, BV e BTG Pactual seguem firmes no setor.

Próximos passos

O Banco Central, visando não somente regulamentar o setor das criptomoedas, mas fortalecer atuação do setor bancário do Brasil no setor, lançou o projeto “Real Digital”. Atualmente, tanto fintechs como bancos tradicionais, como Caixa, Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil, se apresentam com projetos para testá-lo.

O real digital, ou Drex, é um projeto do Banco Central que deverá ser testado entre 2024 e 2025. Inicialmente serão testes, sem transações reais. Depois, serão disponibilizados pouco a pouco para clientes. De modo geral, a ideia é que em breve haja uma inserção mais geral de bancos brasileiros no mundo de ativos digitais.

Até o momento, alguns bancos tradicionais já oferecem opções nesse sentido. Um exemplo é que o Banco do Brasil já oferece algumas soluções para clientes para que possam pagar taxas ou impostos com criptomoedas. No início deste ano, o Bradesco passou a tokenizar sua Cédula de Crédito Bancário. Enfim, de modo geral, os bancos vêm aderindo às criptomoedas e essa tendência parece que chegou para ficar.

Conclusão: como foi essa evolução e o que esperar?

Se engana quem vê a relação entre bancos tradicionais e criptomoedas como antagonismo. Grandes bancos e sistemas bancários pelo mundo tratam as criptomoedas como uma possibilidade. Não é novidade, se considerarmos isso, que instituições bancárias brasileiras comecem a entrar mais e mais no mundo dos ativos digitais. É preciso ter em vista haver, no Brasil,um pioneirismo de fintechs e bancos digitais. Mas agora existe uma tendência maior de entrada dos bancos tradicionais neste mercado. Resta aguardar o passar dos meses. Em breve

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